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quinta-feira, 27 de março de 2014

PREFEITURA DO ASSÚ INICIA PAGAMENTO AO FUNCIONALISMO


pagamento dos servidores
Mesmo diante da maior crise já vivida pela grande maioria dos municípios brasileiros, devido ao aumento de despesas e as constantes quedas de arrecadação, inclusive tendo o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) no mês de março uma queda de 40,7% em relação a fevereiro, a prefeitura do Assú cumpre rigorosamente o calendário de pagamento e, nesta quinta-feira, inicia a liberação dos salários do funcionalismo público municipal referente ao mês de março em curso.
Conforme o calendário, hoje (27) recebem os funcionários da maioria das secretarias, exceto os servidores da Secretaria de Saúde que terão os salários liberados amanhã, sexta (28) e os da Educação que percebem seus proventos na segunda (31).
No mês de abril o pagamento acontecerá nos dias  28, 29 e 30.

“Manter o pagamento dos servidores em dia, é prioridade da administração”, declarou o prefeito Ivan Júnior. “A crise enfrentada pelos municípios é grave, e isso, tem feito com que muitas prefeituras deixem de pagar fornecedores para realizar o pagamento de pessoal ou vice-versa. Em Assú, com austeridade, responsabilidade e planejamento estamos com nossos compromissos em dia”, finalizou o prefeito.
ENTENDA PORQUE OS MUNICÍPIOS ESTÃO FALINDO
SAÚDE:
O Financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é tripartite, ou seja, depende de recursos da União, dos Estados e dos Municípios. A Emenda Constitucional nº 29 determinou que os Estados aplicassem no mínimo 12% de suas receitas, os Municípios 15% e a União teria uma regra transitória de aplicar no mínimo o valor do orçamento do ano anterior acrescido da variação do crescimento nominal do PIB dos dois anos anteriores. Somente em 2011, com a regulamentação da Emenda 29, o Congresso Nacional manteve os percentuais para Estados e Municípios e tornou a regra transitória em permanente. Esse fato fez com que nos últimos 11 anos os Municípios brasileiros gastassem em saúde R$ 110 bilhões além do mínimo previsto na Emenda 29. Em outras palavras, ultrapassaram as suas obrigações constitucionais e gastaram em média 21% de suas receitas na Saúde.
PISO SALARIAL:
O Congresso Nacional vem ao longo dos últimos anos votando leis que determinam pisos salariais para categorias profissionais. E os Municípios precisam atender a essa medida. Acontece que o Município já tem parte do orçamento comprometido com outras obrigações. Sendo assim, a aprovação de um piso de qualquer categoria aumenta a despesa de pessoal daquele Município. Porém, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina um limite máximo de gasto com os funcionários. O que coloca o Município na corda bamba de qual Lei cumprir.
FPM:
O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é a principal transferência constitucional por parte da União aos Municípios. Na sua maioria esta é a maior fonte de recursos das pequenas e médias cidades. Ao longo dos últimos anos os dois impostos que compõem esse fundo (o IPI e o IR) vêm perdendo importância na composição da receita da União. Em 1988, o IPI e IR representavam 15% do total da receita apesar de o FPM ser de 20,5%. Hoje em dia esses impostos representam 10% da receita total e o FPM é de 23,5%. Em virtude disso, os Municípios deixaram de receber entre 1995 e 2012 o valor de R$ 274.050.963.796. Com esse dinheiro poderiam ser construídas 3.915.013 casas populares no valor médio de R$ 70.000 cada.
O SUBFINANCIAMENTO DOS PROGRAMAS FEDERAIS:
No atual modelo federativo brasileiro é comum a União criar programas para que os Municípios o executem. Um exemplo clássico disso é o Saúde da Família que tem como objetivo fazer a saúde preventiva da população. O problema é que as regras impostas são complexas e o valor repassado pela União para executar esse programa é muito menor que o custo efetivo. Por exemplo, cada equipe do ESF custa cerca de R$ 32.000 mensais e a União repassa apenas R$ 10.000. E essa diferença é o Município que complementa. Assim como esse, existem mais de outros 300 programas federais para serem executados pelos municípios e em todos eles há o subfinanciamento.
Maiores informações sobre o assunto podem ser obtidas no site da Confederação Nacional dos Municípios:http://www.mobilizacao.cnm.org.br
SEACOM – PMA

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