O ano que acaba de começar será mais caro para a classe média brasileira. Em busca de um aumento na arrecadação de impostos num ano de eleições presidenciais, o Governo Federal anunciou um conjunto de medidas com potencial para mexer no bolso dos brasileiros.
Trata-se do aumento da alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% para 6,38% nos cartões de débito e de pré-pagos usados em viagens para o exterior, de uma alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de móveis, e do início gradual de um incremento também do IPI dos veículos. No caso dos veículos há ainda mais uma novidade: entrou em vigor a partir desta quarta-feira a obrigatoriedade de freios ABS e airbags para carros produzidos no Brasil, uma exigência que, segundo estimativas do setor automotivo, deve encarecer entre 1.000 reais e 1.500 reais a unidade do automóvel brasileiro.
O desconto do IPI foi um instrumento utilizado pelo Governo como medida anticíclica desde a crise de 2009. Agora, a retirada desse benefício coincide com um momento delicado do ponto de vista eleitoral. O aumento do IOF para turistas, por sua vez, tenta inibir os gastos recordes dos brasileiros no exterior, que afetam o balanço de pagamentos do país.
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