Fonte: marcosdantas.com
Marcos Dantas – Ele agiu de má fé?
Geraldo Rufino - Ele admite que errou porque entregou uma pesquisa para ser divulgado, que não podia ser divulgada. Agora ele disse que fez isso de boa fé, sem maldade e achando que o resultado era correto. Ele admite que o erro foi dele, que ele fez a pesquisa, que foi ele quem entregou a pesquisa ao contratante. Ele diz que agiu de boa fé e quando alertou o contratante de que não poderia divulgar, ele já tinha divulgado, também agindo de boa fé, porque não sabia que não podia. A Justiça vai aceitar a simples argumentação de Medeiros? Não. Vamos ouvir a Start, para que tudo seja provado. Se ele conseguir provar que tudo que ele diz é verdade, responde ele e a Start.
Os contratantes sabiam que estavam encomendando uma pesquisa terceirizada e não do próprio instituto Start?
Ele disse que sabiam, mas os contratantes estavam presentes e isso não ficou muito claro, se eles sabiam disso ou se apenas achavam que ele faria parte da equipe da Start. Precisamos esclarecer isso. Ele diz que quando ele alertou, foi na quinta a noite, mas desde quarta-feira que a pesquisa já estava com os contratantes. Se os contratantes sabiam dessa relação entre ele e a Start, é uma coisa que eles vão ter que dizer. O que eles disseram aqui é que o trabalho foi feito, de forma isenta, que em nenhum momento ele aceitou qualquer interferência e nem contato pessoal com os contratantes.
Ficou claro o porque da Start ter desistido do registro da pesquisa no TSE?
O que ele diz, e até agora não tenho nenhuma versão da Start, é que o instituto aceitou registrar porque receberia uma parte do dinheiro, 20% do valor. Quando a Start percebeu que a pesquisa estava errada, aí disse a ele que não divulgasse, ele disse que estava sem jeito, aí a Start tirou o registro.
Qual foi o erro apontado pela Start na pesquisa feita pelo Professor Medeiros em Caicó?
Pra ser fazer uma pesquisa é preciso uma série de requisitos. Um deles é perguntar ao entrevistado o grau de instrução e a renda da pessoa. Isso são informações que precisam constar do questionário. Esses dados, segundo ele não consta do questionário, e esse questionário não poderia servir de base para uma pesquisa eleitoral. Isso ficou bem claro.
São detalhes que podem influenciar no resultado de uma pesquisa?
O que ele disse é que o percentual seria o mesmo. Eu vou ser sincero, fiquei com dúvida nisso. Num universo de eleitores de Caicó, vamos imaginar que 10% tenha curso superior, então ele teria que perguntar a 10%, e como ele não perguntou a ninguém o grau de instrução e ele não sabe. Se todos que ele entrevistou fossem formados, o resultado não reflete o da cidade, e sim o das pessoas formadas. A renda, se ele pegou só gente que ganha 10 salários mínimos acima, ele não ouviu a população em geral. Eu estou dando exemplos, e não dizendo que isso aconteceu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário