Preso desde o último dia 30, durante a Operação Malassombro do Rio Verde, o vereador Odelmo Rodrigues (foto), presidente da Câmara Municipal da cidade de Assú, acredita que sua detenção tenha motivações políticas. É o que ele confessou a seu advogado Antônio Carlos, que tentou organizar uma coletiva de imprensa no quartel do Comando da Polícia Militar, ontem pela manhã.
A entrevista, no entanto, foi impedida pelo comandante geral da PM/RN, coronel Francisco Araújo Silva. O defensor do acusado afirma que seu cliente “está preso por suposições” e que não há provas que o incriminem.
O coronel Araújo alegou que somente permitiria a coletiva de imprensa no quartel do Comando Geral com autorização judicial. Segundo Antônio Carlos, a entrevista seria uma forma de expor um contraponto às acusações de que Odelmo Rodrigues seria mandante de crimes de pistolagem na região do Vale do Assú. “No Rio Grande do Norte, prende-se para poder investigar. Porém, não há provas contra Odelmo e não se pode prender ninguém apenas por se ouvir dizer. Ele não tem dúvidas de que sua prisão tem implicações políticas. Ele está sendo acusado de ser mandante de um crime ocorrido há 12 anos e é preso no período eleitoral”.
Segundo Antônio Carlos, o presidente da Câmara de Assu chegou a desabafar, dizendo: “eu tenho medo do amanhã”. “Ele teme que qualquer coisa que ocorra em Assu seja atribuída a ele. Se alguém pegar uma gripe, vão acusá-lo?”, comenta o advogado.
Quanto à acusação de que Adelmo Rodrigues teria pago R$ 50 mil para dois pistoleiros matarem o deputado estadual Nelter Queiroz em novembro do ano passado, o advogado disse que “não há problemas entre eles dois. No início deste ano eles tiveram um encontro e fizeram as pazes. Essa acusação não procede”. Segundo Antônio Carlos, já foi pedido o habeas corpus para seu cliente, que deverá ser apreciado pela Justiça ainda esta semana.
Do Diário de Natal
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