sexta-feira, 16 de março de 2012
Foto: Junior Soares.
Cidades
Edição de sexta-feira, 16 de março de 2012
De Maiara Felipe para o Diário de Natal
Edição de sexta-feira, 16 de março de 2012
Ministério apura desvios no RN
Cerca de R$ 30 milhões destinados para tratamento do glaucoma teriam sido desviados no RN e mais quatro estados
Maiara Felipe
maiarafelipe.rn@dabr.com.br
Maiara Felipe
maiarafelipe.rn@dabr.com.br
Clínica teria realizado 192 mil procedimentos num período de seis meses. Foto: Zuleika de Souza/CB/D.A Press |
O Rio Grande do Norte é um dos cinco estados investigados pelo
Ministério da Saúde (MS), que apurou um desvio no valor de R$ 30 milhões
referente aos repasses para o Programa de Glaucoma. Segundo o
ministério, R$1,8 milhão é o montante que deve ter sido desviado em
quatro clínicas oftalmológicas potiguares. Além do RN, Alagoas, Paraíba,
Maranhão e Minas Gerais, receberam no período de janeiro de 2008 a
junho de 2011, R$ 142,9 milhões em recursos destinados ao tratamento da
doença. O valor corresponde a 66% da quantia gasta em todo o Brasil
nesse período.
Domício lembrou que o programa funciona sem intervenção da Sesap - todos
os municípiosno estado têm gestão plena - e que a verba é repassada
diretamente pelo Governo Federal. A unidade conveniada ao SUS faz a
consulta, os exames e oferece um colírio ao paciente. Todo o custo do
atendimento é pago pelo Ministério da Saúde. Para exemplificar o
montante de recurso repassado, o secretário disse que o colírio mais
barato pago pela União custa R$ 28. "Como eles compram em quantidade com
certeza o valor deve ser bem menor", opinou Domício.
Ao todo, o Ministério da Saúde encontrou 29 unidades, com algum tipo de
irregularidade, nos cinco estados investigados. A medida adotada pelo
órgão, desde fevereiro (final da auditoria) foi suspender
preventivamente o pagamento referentes às consultas e tratamento da
doença faturados nos estados. Porém, Domício garante que no Rio Grande
do Norte os pacientes que precisam do colírio distribuído através da
unidade de oftalmológica de Assu não serão prejudicados.
"Depois do alerta feito pelo Ministério, o hospital voltou a atuar
somente onde estava habilitado e nós organizamos uma rede de assistência
com outros prestadores", declarou o secretário. Domício disse que
conversou com os representantes da Prefeitura de Assu para garantir que
se clínica não quiser mais continuar na cidade, a secretaria conseguirá
outro prestador de serviço. Mas, apesar da garantia, todo estado tem
apenas 10 unidades participantes do Programa de Glaucoma.
A Sesap disse que em janeiro de 2011 apenas 37 municípios tinham gestão
plena na saúde, número que passou para 161 este ano, portanto, a
responsabilidade sobre os recursos é dos municípios. Contundo, em casos
como este, cabe ao gestor estadual coordenar como será organizada a rede
de atendimento ao paciente.
Fonte Diário de Natal.

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