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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Traficante Nem da Rocinha: “Não vou para o inferno. Acho que Deus tem um plano para mim”


O mais procurado traficante do Rio, Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, em conversa com à jornalista Ruth de Aquino, da Revista Época, uma semana antes de ser preso, disse que teme a Deus, faz cultos em casa, mas não tem ligações com alguma igreja evangélica.

A conversa com a jornalista durou 30 minutos, em pé. Nem não falou palavrão e não comentou acusações que pesam contra ele. Segundo Ruth de Aquino, ele disse que não daria entrevista. “Para quê? Ninguém vai acreditar em mim, mas não sou o bandido mais perigoso do Rio.” Não quis gravador nem fotos.

Além de religião, Nem falou sobre o ex- presidente Lula, Mariano Beltrame, PM, UPP, dentre outros assuntos.
nem 
Religião
“Não vou para o inferno. Leio a Bíblia sempre, pergunto a meus filhos todo dia se foram à escola, tento impedir garotos de entrar no crime, dou dinheiro para comida, aluguel, escola, para sumir daqui. Faço cultos na minha casa, chamo pastores. Mas não tenho ligação com nenhuma igreja. Minha ligação é com Deus. Aprendi a rezar criancinha, com meu pai. Mas só de uns sete anos para cá comecei a entender melhor os crentes. Acho que Deus tem algum plano para mim. Ele vai abrir alguma porta.”

Secretário de Segurança Pública do Rio, Mariano Beltrame

“Um dos caras mais inteligentes que já vi. Se tivesse mais caras assim, tudo seria melhor. Ele fala o que tem de ser dito. UPP não adianta se for só ocupação policial. Tem de botar ginásios de esporte, escolas, dar oportunidade. Como pode Cuba ter mais medalhas que a gente em Olimpíada? Se um filho de pobre fizesse prova do Enem com a mesma chance de um filho de rico, ele não ia para o tráfico. Ia para a faculdade.”

Ex-Presidente Lula

“Meu ídolo é o Lula. Adoro o Lula. Ele foi quem combateu o crime com mais sucesso. Por causa do PAC da Rocinha. Cinquenta dos meus homens saíram do tráfico para trabalhar nas obras. Sabe quantos voltaram para o crime? Nenhum. Porque viram que tinham trabalho e futuro na construção civil.”

Tráfico de drogas

“Sei que dizem que entrei no tráfico por causa da minha filha. Ela tinha 10 meses e uma doença raríssima, precisava colocar cateter, um troço caro, e o Lulu (ex-chefe) me emprestou o dinheiro. Mas prefiro dizer que entrei no tráfico porque entrei. E não compensa.”

Nem foi preso por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro, no fim da noite de quarta-feira, 9/11. Ele estava no porta-malas de um Toyota Corolla, que foi parado pela polícia na altura do clube Piraquê, na Lagoa, a poucos quilômetros da favela da Rocinha. O condutor do veículo se identificou aos PMs como cônsul do Congo e alegou imunidade diplomática para não permitir que o carro fosse revistado.

Com informações da Época

COMENTÁRIO:

Entendemos que por mais execrado que seja um vil ser humano, o Sangue derramado na cruz do Calvário tem o poder de resgata-lo

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