A Secretaria
de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) anunciou nesta
terça-feira (11) uma série de medidas para proteger os jornalistas da
violência, levando em conta um relatório que aponta que 18 profissionais de
comunicação morreram e outros 321 foram agredidos entre 2009 e 2014, informaram
fontes oficiais.
O
relatório, elaborado pelo Grupo de Trabalho Direitos Humanos dos
Profissionais de Comunicação no Brasil, órgão ligado ao SDH, destacou em suas
analises o envolvimento de policiais em vários casos de violência contra
jornalistas em todo país.
“O
envolvimento de autoridades e policiais locais na violência contra os
comunicadores é uma das evidências mais importantes recolhidas nas declarações
apresentadas (pelo trabalho)”, afirmou a ministra de Direitos Humanos,
Maria do Rosário, durante o ato de apresentação do relatório.
Os
números apresentados pelo relatório situa o país como um dos mais perigosos da
América Latina em relação ao exercício do jornalismo.
Para
combater esses ataques, a ministra anunciou uma série de medidas preventivas,
incluindo a publicação de uma diretriz para todos os corpos policiais que proíbe
a apreensão de equipamentos de trabalho dos profissionais.
Deste
modo, o governo pretende evitar a apreensão de câmeras, gravadores, celulares
ou cartões de memória por parte de agentes policiais, como ficou evidente em
inúmeras ocasiões durante os protestos iniciados no último ano.
A
pedido do grupo responsável pela realização do relatório, o governo anunciou a
criação de um observatório em parceria com a Unesco para prevenir as
agressões contra comunicadores e desenvolver estudos que identifiquem a origem,
as causas e os focos principais da violência.
“Toda
violência contra os comunicadores fere o princípio da liberdade de expressão. A
democracia se fortalece combatendo todas as formas de censura e de violência,
venha de traficantes ou do aparelho do Estado“, disse a ministra.
(Agência
EFE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário