
Para mudar esse quadro, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram, recentemente, um novo inseticida que pode inibir a picada do mosquito. A novidade está na pimetrozina, antes utilizada somente no controle de pragas agrícolas. A substância age no aparelho bucal de insetos sugadores como pulgões, cigarrinhas, tripés, e Aedes aegypti, impedindo a sucção de sangue. Testes realizados com fêmeas do pernilongo contaminadas pelo tóxico comprovaram que, por cerca de 50 minutos, elas tentaram introduzir seus estiletes na pele sem obter êxito, morrendo após esse período, seja por exaustão ou pelo efeito do produto. Segundo Octávio Nakano, professor sênior do Departamento de Entomologia e Acarologia (DEA) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (EsalqUSP), a grande diferença entre esse e outros inseticidas comuns, está no princípio de combate. “São características diferentes. Quando contaminado com a pimetrozina, o mosquito fica incapaz de picar (a pessoa) e transmitir a doença. O princípio levará no máximo 30 minutos para fazer efeito e, por mais que o mosquito demore a morrer, a picada será inofensiva”, explica.
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