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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ZPE do RN está em processo de privatização


 TRIBUNA DO NORTE, 21/11/2013. 

 Andrielle

A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Macaíba – espécie de condomínio industrial que deverá abrigar empresas exportadoras com regime fiscal, cambial e tributário diferenciados - será privatizada. A informação foi confirmada ontem por Helson Braga, presidente da Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação (Abrazpe). O processo de privatização começou em outubro.

A possibilidade era discutida desde junho de 2012 e foi apontada como única saída para instalar a zona de processamento, idealizada em 1988 e criada através de um decreto presidencial em 2010.

As  empresas interessadas em participar da licitação para captar investidores, implantar e administrar a ZPE durante 20 anos (prorrogáveis) têm até o dia 13 de dezembro para retirar o edital na sede da Prefeitura de Macaíba. Os envelopes contendo as propostas serão abertos no próximo dia 13.


A expectativa é que o vencedor seja conhecido ainda este ano, segundo Helson Braga, presidente da Abrazpe. Até o momento, uma empresa local retirou o edital. O nome da empresa não foi revelado.

Com a privatização, a ZPE, que hoje é administrada pela prefeitura de Macaíba, governo do estado e Federação das Indústrias do RN (Fiern) passará ao controle apenas da iniciativa privada.

O modelo de gestão é semelhante ao que foi adotado para a ZPE de Assú, que teve o contrato de concessão anulado este ano pelo Município e corre o risco de ter o decreto de criação cancelado pelo governo federal por descumprir os prazos de implantação, que estourou em junho de 2012.

A única diferença entre os dois modelos, esclarece Helson Braga, é que a empresa que for implantar a ZPE de Macaíba terá que vencer a licitação primeiro, diferente do que ocorreu em Assú, onde após uma licitação deserta, a prefeitura decidiu assinar o contrato diretamente com o investidor.

Helson reconhece os riscos em se transferir a gestão para a iniciativa privada, como ocorreu no caso de Assú, mas minimiza as chances de insucesso. “Não acredito que a licitação de Macaíba será deserta. Até o dia 13 surgirão outros interessados. E mesmo que não apareçam, existe a possibilidade de realizar uma outra licitação com restrições mais abrandadas”, analisou.

A privatização das ZPEs, segundo ele, segue orientação do Banco Mundial. O modelo já foi adotado em outras localidades do país, como em Ilhéus, na Bahia, e até em outros países. “O ideal é que o controle seja mesmo privado”, afirmou.

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