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terça-feira, 27 de agosto de 2013

ÁRVORE BELÍSSIMA E CENTENÁRIA É LITERALMENTE "ARRANCADA" DA FRENTE DA CASA DE PROFESSORA QUE FAZ PARTE DA HISTÓRIA DE ASSU, PELA ADMINISTRAÇÃO TRABALHO & TRABALHO


Vivemos em uma época em que se não medirmos as ações antrópicas, ou seja a postura do homem frente à natureza, poderemos estar " assinando a nossa sentença de extinção", são tempos difíceis. Pois a ambição e "tirania" humana em sua busca desenfreada por lucro, degradou grande parte de nossa Mata Atlântica, de nossa vegetação.

Como entender que mediante um meio ambiente que pede socorro, haja vista os nossos carnaubais cada vez mais raros e todos os danos que sofre a nossa região devido os oligopólios ceramistas, não conseguimos compreender um prefeito que manda derrubar uma árvore centenária, belíssima e isso em pleno século 21.

É lamentável fazer essa narrativa. Mas infelizmente, semana passada, o belíssimo "flor buã' que ficava em frente a casa da querida professora Dalva Cachina, na rua 24 de junho, centro de nossa cidade, teve o seu triste fim decretado pelo Excelentíssimo Sr. prefeito de nosso município, Sr. Ivan Lopes Júnior.

A professora, que faz parte da história da cidade de Assu, muito querida e conhecida pelo povo de nossa cidade, religiosa fervorosa, pessoa boníssima e muito sensível, não conseguiu esconder as lágrimas ao ver a árvore que generosamente lhe concedeu sombra, beleza e poesia por tantos anos tombar ao chão, simplesmente por um desejo impensado do nosso querido prefeito, quanta petulância !

Dalva, bastante emocionada desabafou e contou como conseguira a muda da planta que foi sua companheira há décadas, dando sombra e poesia à existência de seus filhos que quando crianças, tantas vezes incluíram a pobre árvore em suas peripécias infantis.
Veja o relato emocionado da professora, uma espécie de despedida do pobre "flor buã"...

Meu Flor Buã
Hoje por volta das 7:40hs, ainda estava deitada quando escutei um barulho diferente, e Neném disse: o que foi isso? Em seguida levantou-se e olhou o que tinha acontecido, daí ele entrou muito aflito e disse: Dalva, botaram o Flor Buã no chão. Então me levantei rapidamente para ir olhar. Chegando lá fora encontrei Diá (fiscal) e perguntei: homem porque vocês fizeram isso? Entrei e me perguntei: há tantos anos que eu cuidava dela, que mal ela estava fazendo?
Meu Flor Buã foi plantado desde que construíram a Boate de Raimundo, localizada na rua do Córrego. Trouxe de lá, cuidava dela, varria o canteiro, e quando chegava o Natal era a coisa mais linda, carregada de flores. Estou muito triste, chorei de raiva porque se eu estivesse na calçada não teria permitido que eles a botassem no chão. Agora espero que também botem todas as outras plantas dos canteiros desta rua. Se vão ajeitar os canteiros não precisava arrancar meu Flor Buã, pois era plantado no meio do canteiro, não prejudicava em nada. Estou com muita raiva! Não sei se quando vão destruir uma árvore comunicam-se com o IBAMA, por que quando eu atuava como professora fui muitas vezes em visitas com os alunos da Pré-escola do IPI e nós ganhávamos algumas mudas para plantar.
Então me pergunto: porque hoje estão arrancando as plantas em extinção, como esta e as da Praça de São João Batista? Flor Buã, que meus filhos e vizinhos viram crescer. Os canteiros da Monsenhor Júlio têm muitas plantas que precisam ser retiradas, pois a rua torna-se muito escura. E em frente à estátua de Conde Matarazzo tem um pé de brasileirinho, que está morto há bastante tempo. Porque ainda não cortaram?

Dalva Cachina
Assu/RN, 14.08.2013

Um comentário:

  1. É profundamente lamentável que a cidade de Açu tenha um prefeito tão retrógrado, em tempos onde o meio ambiente está praticamente destruído ao invés de ajudar a preservar ele destrói, inconformável isso, sem palavras...a pobre árvore até embelezava a rua, que lástima.

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