Os
universitários por quatro vezes em reuniões com os representantes do povo
argumentaram que o projeto era injusto, pois são apenas 200 bolsas para 400
estudantes, sendo que são 180 no valor de R$80,00 para quem recebe até R$339,00
por pessoa da sua residência e 20 bolsas no valor de R$150,00 para quem recebe
até R$169,50 por pessoa de sua residência. Dessa forma, 200 estudantes ficariam
desassistidos, enquanto que no antigo sistema de repasse todos os alunos eram
beneficiados de forma igualitária.
Como
justificativas foram levantados o uso do ônibus por estudantes que não eram
residentes em Assu, a falta de prestação de contas de uma das Associações e que
seriam apenas 220 estudantes e que dentre esses, alguns teriam condições
financeiras de arcar com o custeio do ônibus e que pagavam o mesmo valor de
estudantes de baixa renda.
Ocorre que
os responsáveis por escrever e aprovar a Lei não atentaram para os seguintes
casos: o número de estudantes que utilizam o transporte municipal é de quase
400, visto que abrange alunos que saem de Assu para aulas em Angicos, Macau e
Mossoró, isso sem contar com os alunos de Ipanguaçu, cujo caso vai na contramão
do nosso, onde a Prefeitura fornece gratuitamente ônibus nos períodos matutino,
vespertino e noturno para o IFRN.
Como também
que o número de alunos de outras localidades que utilizam o transporte não
chega a 40, assim os legisladores sacrificaram centenas de alunos buscando uma
denominada “justiça” de poucos. Alegam também que essas bolsas irão dar
oportunidade aos estudantes de baixa renda e em situação de vulnerabilidade
para frequentarem a universidade, mas não atentam que esse processo de isenção
(sistema de bolsas) já é feito pelas Associações da cidade.
Em
contrapartida a “toda” essa preocupação do município com a educação e o aumento
do investimento de 16 mil para R$ 17.400, o salário dos vereadores era de 4 mil
e, no ano de 2013 passou para 8 mil, e agora com uma “verba indenizatória” a R$
10.500, aumentado o investimento de Assu com esses ilustres legisladores em
detrimento dos estudantes do município.
O nosso
questionamento como estudantes e jovens esclarecidos é o porquê da educação ser
vista como um custo e não como investimento?
Nenhum comentário:
Postar um comentário