Se educação é a base de tudo, o que dizer diante da situação da escola de Simão?

 

Assú não conseguiu atingir a meta prevista do IDEB em 2011

Há uma frase que não é nova e que tem sido usada e difundida ao longo dos anos como forma de mostrar o tamanho da importância da educação para uma nação, um estado ou uma cidade atingir o desenvolvimento almejado. Ela é: "educação é a base de tudo". Será que em Assú esta frase tem sido levada a sério. Aparentemente, não é isso que se observa por parte da gestão municipal atual.

Depois de atingir a muito custo as metas previstas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nos anos de 2007 (2.2) e 2009 (2.4), a administração não foi capaz de alcançar a meta estipulada pelo Ministério da Educação em 2011 – chegou a 2.7 do objetivo estabelecido em 2.8. Um ponto que faz uma enorme diferença. Mas, os recursos institucionais previstos para o Assú foram todos liberados.

O desempenho do Assú ficou aquém de diversos outros municípios do RN, alguns menos expressivos em termos sociais, econômicos e geográficos. Seria isso reflexo da ausência gritante de ações verdadeiramente estruturantes e que possam se refletir na melhora da qualidade do ensino? Ou é porque se fez a opção por investimentos de "maquiagem" para impactar as pessoas, mas sem possuir essência?

Se um exemplo é suficiente para mostrar a falta de zelo e responsabilidade para com a educação do Assú, talvez este exemplo possa vir de um pequeno estabelecimento escolar da rede pública municipal: a escola da comunidade rural de Simão. Se é fato que nas áreas rurais os obstáculos são natural e potencialmente maiores, imagine os problemas que professores e alunos da Escola de Simão têm que enfrentar diariamente.

A escola de Simão é o retrato fiel e acabado de como se trata a educação hoje em Assú. Bastaria este exemplo irretocável do desleixo e da negligência da gestão atual que prefere ser omissa com as questões efetivamente vitais do setor. Isso sem lançar mão do desrespeito aos professores que têm o Plano de Cargos, Carreira e Salários achincalhado e menosprezado, dentre outros fatos.

População assiste os fatos e revolta-se

intimamente com a situação

"A escola de Simão pode ser o instrumento que vai possibilitar um choque de consciência da população do Assú para a forma como a gestão atual vem tratando as coisas do município. Há uma intolerância gritante do poder público com a educação, como de resto em outros setores essenciais do Assú. Creio que há uma indignação surda e silenciosa do povo, que, em sua inteligência, saberá no instante oportuno reagir e protestar contra este descalabro administrativo que aí está", frisou George Soares, ao visitar o prédio sucateado da escola de Simão.

Fotos: Marcos Costa

Assessoria de Imprensa Coligação "A Verdade Vencerá"